Que novela? Estamos falando de Morta de Fome, a sensacional novela escrita por Manual Carlos. Vejam os melhores jumentos! Dá o play, Maca!
– Elena (Araís Tarujo) termina como lutadora de capoeira em Strete Fáighter IIIrd Stráike, com um visual muito diferente do qual começou a novela: de cabelos brancos. E sem Gressín 3000! Belo trabalho dos dublês. “De cabelos brancos, mas um pau de virar tripa! Afinal ela é… Morta de Fome!”, diz o locutor Dirceu Sem Cabelo (ué, o que ele tem a ver com isso aqui?)
– Trereza (Lena Cabral) encontra Elena antes de uma luta e faz o “corta aqui”, ou o underline, vertical bar, underline, ou ainda o mini hang-loose para quem, segundo ela, deixou sua filha tendo algo em comum com o Supermém (e não é o fato de voar). Elena não tem outra saída a não ser o alívio de que já já vai passar os créditos e começar o Cover Repórter. E rápido, antes que ela termine o workshop que ela começa a tomar com Nasaré Tedesco (Henata Sorrar, em participação especial).
– Lussiana Jimenes (Marine Oraes) estava tetrapplégica (isto é, tinha um AiFone, um AiPod, um AiPéde e um Finkipede na bolsa, quatro produtos da Ápple, usados por ela para escrever em seu Tumblr, “P#$%ra, Lussiana!”). Mas tudo muda quando ela se perde na cidade de São Paulo e vai parar naquele lugar onde gravam os programas do Canal 21. Após ser abraçada por um homem de chapéu que ela nunca viu antes, ela volta a andar, vira dona de 5 empresas, passa a ter uma casa mais bonita que a do Fagrundes da novela das 7, e termina grávida de trigêmeos de…
– Pois é. Migué (Mateus Lunando) fica surpreso ao descobrir que os bebês que Lussiana espera são de seu chefe, o dr. Gregory Hause. Em estado de choque, Migué acaba contraindo lupus. Seu irmão, Djalma Jorge, para cuidar dele, passa a ser enfermeiro e passa a ser assediado pelos Irmãos Uárner.
– Dora a Exploradora (Antoniana Giovanelli) chega a um ponto em que tem que comprovar a parternidade de seu filho com Go, Diego Armando Maradona, Go (Luigi José Paz). E para tanto, vai ao consultório do Dr. Carlos Massa pedir um Inzame de BNH. O resultado… bem, como todos já viram mesmo, foi que o coral regido por Jorjão Calos Parintins cantou “Herzlichen Glückwunsch Papa!” (Parabéns pro Papai), BWV 171, de Beethozart, para entusiasmo da torcida do River Plate.
– Rapa Ela (Clara Kastanho), a outra filha de Dora, termina a novela conseguindo o tão sonhado emprego no Estúdio Q do Projeca, o de apresentar o telejornal game-show Bom Dia Brasil e Companhia. “Pleystêchon! Pleystêchon-chon!”
– De resto, temos o usuel nas novelas de Manoal: Stefhany se casa com Alexandre Pato, mesmo ele sendo de outra casta. Vovó Mafalda aplaude, emocionada, a formatura de Garoto Juca. Maria Joaquina rende-se finalmente aos encantos de Cirilo. E Picapáu parte para uma longa viagem ao lado de Zeca Urublue. Goku e Chichi se casam na Nossa Senhora do Brasil. Chun-Li fica a ver navios no Estaleiro Verolme. E Huguinho, Zezinho e Luizinho dão adeus à Supernnanny.
E dá-lhe cenas do Pão de Açúcar e do Corcovado ao som de bossa nova: “Quais quais quais quais… Pascarigudum, pascarigudum, pascarigudum! Não posso ficar…”
Pois é, e esta foi Morta de Fome, a novela mais assistida do Brasil – sim, porquê no mesmo horário passa telejornal, desenho animado e reality show, e estes são muito mais assistidos, mas fica quieto…
Faça como eles, desperte o trigo em você! Em você também!