Cartunista francês, está no Brasil esta semana para a Comic Quieto, convenção que reúne fãs de comediantes em Belo Horizonte. É criador de gansos e da série Tim & Tom.
Nome: Jean-Pierre dans Chëvrôlet Astra 2.0 Quatroportas Corbusier Alfonse Marine Waline Maurice dù Sousa Van Dallis.
Idade: Medida de tempo pela qual determina-se a duração da vida dos seres vivos. Hé, hé, eu sou… Ô Geràrd, o que significa “bestiêl” em francês?!
Como você começou: Minha mãe estava feliz pelo fim da Segunda Guerra Mundial, e me deu de presente uma caixa de lápis de cera. Nunca vi ela com aquela cara de felicidade, e resolvi fazer um retrato dela. Ela desmaiou, e depois que acordou, passou a fazer sessões de psiquiatria. Hoje, ela tem mais de 90 anos e está bem, embora tenha voltado pra psiquiatria depois de conhecer o site Toonapalooza. Mas então, aos 6 anos, graças ao prefeito da minha cidade, tive a chance de fazer uma das tiras do Le Figaro, depois do Le Monde, e assim foi indo.
Como nasceram Tim & Tom: Muitos não acreditam, nem no meu país, nem em lugar nenhum, mas foi Deus que me deu esses personagens. Eu sonhei com eles, com suas cores, com seus nomes, transferi para o papel e só registrei na Biblioteca Nacional depois de ter outro sonho me pedindo para fazer isso, porquê um certo Làhert estava querendo copiá-los em uma nação distante. Enfim, eu mesmo não poderia ter criado coisa semelhante.
Um ídolo: Como francês, não idolatro ninguém, eu me garanto… Zoei. Sou fã número 1 de Valter Trisney III, a quem tive o privilégio de conhecer pessoalmente. Também conheci um tal de Pablo Pikasso, o “Rei do Karaokê”, lá na Espanha, o rapaz até que desenha bem, só precisava de um roteirista.
Um sonho: Meu, o mesmo de Piky e Sérebro, cara.
Um livro: Sugiro um grande clássico da literatura, “Noções de Anatomia para Antropomórficos”, de Wes Study, editora Valter Forster e Vida Alves. Tem no mercado negro.
Um filme: Tim & Tom contra os Golfinhos do Espaço, com certeza! Tomou nota zero da Cahiers dú Cinema, mas que adianta, eles não entendem nada desses troços!
Uma árvore: Como?
Um filho: Três. Que me deram mais três. Que raiva. Tudo igualzinho um ao outro. Queria que um deles fosse japonês, pelo menos. Ou afro-descendente. Ô família sem criatividade!
Um conselho para quem quiser iniciar nessa carreira: É como diz aquele clássico da canção francesa: “Bate, bate, bate coração/ Não ligue, deixe quem quiser falar/ Porquê o que se leva dessa vida, coração/ É o amor que a gente tem pra dar!”
Sua vida em uma palavra ou menos: A vida é o dom de viver, de poder piscar os olhos, de andar ou até mesmo se arrastar por aí e chegar ao ponto de partida sem precisar de pilhas, baterias nem controle remoto. A vida é andar, é correr, por si mesmo ou em cima da moto. A vida é preferir, é preterir, é gostar de um, não gostar de outro, mas com respeito, sem ranger os dentes nem machucar os concorrentes. A vida é subir, descer escada, de dia ou de madrugada. A vida é quebrar o tédio, porquê não subir pela fachada do prédio? É lua, é sol, é curtir um jogo de futebol. É dormir, é acordar, é o dom de receber e de dar. É dançar, é aprender, um ano a mais ou a menos é só um número, que diferença faz? Sou eu, é você, é um Pânico na TV. A gente vai e aguenta, sabendo que o futuro há de ser um eterno anos 80. É superar o que se fez, é curtir mp3, sem medo de ser feliz, é tudo isso enfim, e ninguém lá dos EUA vai tirar isso de mim.
– Obrigado pela entrevista, sdif… Com tradução de Martelo Gastalde e Gracinha Júnior, Danilo Hood, para o Caiga Quien Custar.
– Valeu, agora entrevista esse tal de Tarcísio que tá me amolando o tempo inteiro aqui atrás querendo falar com vocês!
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Faça como eles, desperte o trigo em você! Em você também!