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Conversa Fiada em: O caso do dia em que a Folícia chamou toda a imprensa para…

24 abr

Olááá, tudo beimm? Estamos falando ao vivo do Meleck Dônaldes da rua Enrique Xáumann. E porquê estamos aqui? O que isso tem a ver com o caso da menina Esabela Yafera? Como dizia um grande amigo meu, “Calllma, Cocada!”. Como vocês viram no poste anterior, toda a imprensa foi convocada pela Folícia Pederal, para ouvir o seguinte, abre aspas: “Cês prometem guardar segredo?” Silêncio na sala. E ele continua: “Eu também!”
Como vimos, os repórteres ficaram revoltados. Mas… uma minoria permaneceu lá, em nome do jornalismo com G maiúsculo, e pressionou o excelentíssimo Coronel Sílvia Desáign contra a parede, aproveitando que seus subordinados estavam extremamente ocupados inutilizando os equipamentos dos demais prophissionais de imprensa. E no final, quem imprensou, fomos nós. NÓS! Uma salva de palmas, genteeee!!!
– …
– Pois é, quem cala, consente! Então, estamos aqui, na boa, na paz, com ele, o Coronel Sílvia Desáign, que já que notou que só ficamos em três profissionais de imprensa, incluindo nosso câmera, concordou em levar-nos ao Meleck Dônaldes! Acabo de palitar os dentes, e rrealmente sensacional esse número 18, viu, Zezinho? Me traz mais outro, com bêicon? ‘Brigado. Boa noite, Coronel Sílvia Desáign.
– Boa noite, Paulenrique.
– Coronel, então, diga aos nossos telespectadores o que lhe aflige.
– Paulenrique. Trabalho na Folícia há 25 anos. Comecei como guarda de trânsito nas ruas de Botucatu. Com muito trabalho e esforço, consegui me tornar auxiliar de escrevente. Depois, Paulenrique, de muito estudo, fiz um concurso público e me tornei delegado. Ahhh, Paulenrique, o crime em Botucatu não tinha vez, pelo menos no nosso bairro. O resultado foi muito bom e não deu outra: vim para a capital, a convite do secretário de cinto de segurança pública!
– Quantos anos já são?
– 9 anos já, Paulenrique. As estatísticas estão aí: apenas 78.459 assassinatos este ano, contra 1.684.312 do mesmo período de 1985! O governo fez a parte dele. A cidade está mais segura do que jamais teria sonhado em ser antes.
– Muito bem, doutor. E a Esabela, doutor?
– Já já chego lá. O ambiente, Paulenrique, de nossa corporação, embora glorioso, é pesado. A farda pesa, Paulenrique. É como o jogador que brande em seu peito a camisa da seleção brasileira. Nesses momentos…
– Eu já falei que eu pedi com bêicon! Devolve isso aqui. Manda por o bêicon!
– … é importante manter o espírito positivo dentro de nossas fileiras! Compreende, Paulenrique? Para tanto, desenvolvemos novas formas de pensar, de imaginar a nossa missão enquanto foliciais, de proteger e servir!
*CRASH* OLHAÍ! Ao contrário do Eduardo, que tropeçou lá atrás e derramou tudo! Não protegeu… Então, doutor, quer dizer que é por isso que o senhor tornou-se cantor de MPB, pintor, escritor e nas horas vagas, desenhista de mangás?
– Exatamente. Paulenrique do céu, cê não sabe o bem que me fez. Sabe, é um alívio. E tem mais: ano que vem, vou usar o meu primeiro cosplay, no Enemy Frends!! Vou de Capitão Valdvôgel, afinal a gente pode sair da corporação, mas a corporação não sai da gente. “Pede pra sair!! Pede pra sair!!!” (risos)
– Muito bem, Coronel. Ôrra, até que enfim! Eu pedi Qüat light, tá certo isso aqui? Ok. E então?
– A editora GBC gostou pra caramba de um mangá que eu desenvolvi, com uma temática shoujo… Sukiyaki, uma adolescente de cabelo cor-de-rosa e orelhas de gato, percorre todo o Japão em busca de um grande amor, daqueles que só se vê uma vez na vida. Já já tá nas bancas.
– Beleza. Me vê mais um sachê de maionese, aí! Então, vamos para uma palhinha, Coronel Sylvia Desáign? O que vai cantar pra gente?
– Um clássico (começa a batucar na caixa de fósforos, embora esta seja daquela de papelão que dobra e fecha): “De noite… Eu rondo a cidade… A te procurar, sem encontrar… No meio de olhares, espio em todos os bares, você não está…”
– Muito bem, muito bem, palmas! Aêê! Essa é daquele desenho da Trisney, “Porcarrontas”, né? Sensacional, Coronel. Então é isso aí. As investigações sobre o caso Esabela Yafera continuam. Continuam qualquer dia desses. Paulenrique Xapulim, para a Salt Cover. Fecha o microfone. Tsgrila, gente, uma notícia pellamordeDeus…